Cirurgia metabólica – tratamento cirúrgico do diabetes?

A cirurgia metabólica para o tratamento de pacientes com diabetes está regulamentada desde dezembro de 2017, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) após publicação da Resolução número 2.172.

A diabetes tipo 2 está intimamente associada à obesidade. De acordo com dados da Federação Internacional de Diabetes (FID), mais de 425 milhões de pessoas têm diabetes no mundo, sendo que 13 milhões de pessoas convivem com a doença no Brasil, o que representa 9% da população brasileira.

Com a nova resolução do CFM, essas pessoas passaram a ter a cirurgia metabólica como opção terapêutica, caso o tratamento clínico não apresente resultados.

O diabetes tipo 2 surge, em geral, na fase adulta e está ligado à resistência à ação e diminuição da produção de insulina no pâncreas, ação deficiente de hormônios intestinais, dentre outros. A obesidade, dislipidemia (elevação do colesterol e triglicerídeos), hipertensão arterial, histórico familiar da doença ou de diabetes gestacional, e o processo de envelhecimento são os principais fatores de risco.

Na cirurgia metabólica ocorre o mesmo procedimento da cirurgia bariátrica. A diferença entre as duas é que a cirurgia metabólica visa o controle da doença. Já a cirurgia bariátrica tem como objetivo a perda de peso, com as metas para contenção das doenças, como o diabetes e hipertensão, em segundo plano.

De acordo com os estudos analisados, a cirurgia metabólica é segura e apresenta resultados positivos de curto, médio e longo prazos, diminuindo a mortalidade de origem cardiovascular, conforme demonstram estudos prospectivos pareados com mais de vinte anos de seguimento, séries de casos controlados, além de estudos randomizados e controlados.

Tipos de cirurgia

O Conselho Federal de Medicina (CFM) normatiza que a cirurgia metabólica indicada para pacientes com diabetes mellitus tipo 2 se dará, prioritariamente, por bypass gástrico com reconstrução em Y de Roux. Somente em casos de contraindicação ou desvantagem do bypass gástrico, a gastrectomia vertical será a opção de escolha. Nenhuma outra técnica cirúrgica é reconhecida para o tratamento desses pacientes.

História e pesquisas

Em 2011, a International Federation of Diabetes (IFD) introduziu a cirurgia metabólica nos algoritmos de tratamento de diabetes mellitus tipo 2 como alternativa para pacientes com IMC entre 30 kg/m2 e 35 kg/m2, desde que a doença não tenha sido controlada apesar de tratamento medicamentoso otimizado e associada a fatores de risco para doença cardiovascular.

Nos anos de 2013 e 2014, a American Society for Metabolic and Bariatric Surgery (ASMBS) e a International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO), respectivamente, recomendaram a cirurgia para pacientes com diabetes, sem controle da doença após tratamento clínico e mudança no estilo de vida.

O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) passou a recomendar, em 2014, o tratamento cirúrgico para pacientes com o mesmo perfil desde que o diagnóstico da doença seja inferior a dez anos.

Por fim, em 2016, 49 associações médicas de diferentes países revisaram as recomendações para o tratamento da diabetes e reconheceram a cirurgia metabólica como opção para o tratamento de diabetes e inadequado controle glicêmico após tratamento clínico.

De acordo com os estudos analisados, a cirurgia metabólica é segura e apresenta resultados positivos de curto, médio e longo prazos, diminuindo a mortalidade de origem cardiovascular, conforme demonstram estudos prospectivos pareados com mais de vinte anos de seguimento, séries de casos controlados, além de estudos randomizados e controlados.

Fonte: texto adaptado do site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica (SBCBM)

Compartilhe

Consulta de Qualidade! Agendamento facilitado

Obrigado por entrar em contato!

Sua solicitação está sendo processada por nossa equipe, fique atento ao nosso retorno que deve ocorrer o mais breve possível.

× Agendar Consulta!