Cirurgia bariátrica x sistemas de saúde: custo ou economia?

A cirurgia bariátrica como parte do tratamento de obesidade, seja pela rede pública ou pelo sistema de saúde suplementar, pode exigir um pré-operatório longo e um processo um pouco burocrático.

Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, cerca de 70 mil cirurgias bariátricas são realizadas anualmente, e isso representa um incremento de quase 85% quando comparado a 2010.

Dessa forma, os planos e seguros de saúde entendem a cirurgia bariátrica como custo, mas devemos valorizar o conceito de que a perda de peso é mecanismo de prevenção de outras doenças, e a médio e longo prazo a intervenção cirúrgica leva ao menor custo com cuidados de saúde, e, portanto, gera economia.

Quando respeitadas as diretrizes da ANS, os planos de saúde têm obrigatoriedade de cobertura da cirurgia bariátrica. Esse tema está exposto no site em pormenores.

Eventuais procedimentos de cirurgia plástica reparadora após a perda de peso também encontram respaldo e cobertura contratual pelos convênios.

As causas mais frequentes de negativa de cobertura pelas operadoras de saúde estão relacionadas a questões contratuais quando, do aspecto médico, a indicação está correta. Ainda assim lista-se: doença preexistente à contratação do convênio, falta de preenchimento dos requisitos da Agência Nacional de Saúde (ANS) e carências a cumprir.

Pesquisa publicada na página da ANS e realizada em 2017 sinaliza que cerca 50% dos usuários dos planos de saúde têm excesso de peso ou são obesos, que futuramente podem ser candidatos à cirurgia bariátrica.

O combate à obesidade é uma questão de saúde pública. Internações devido a doenças relacionadas ao excesso de peso custaram mais de 64 milhões de reais aos cofres públicos só no ano de 2018, alocando o Brasil em 4º lugar entre os países com mais internações por causas metabólicas, endócrinas e nutricionais.

É notório que a cirurgia bariátrica previne doenças crônicas, pode promover remissão de outras comorbidades, oferecendo qualidade de vida e menor custo em tratamento para as operadoras de saúde.

Existem “desvantagens” da cirurgia bariátrica para o sistema de saúde?

Sem o acompanhamento adequado, o paciente pode apresentar reganho de peso ou recidiva de obesidade, mas ainda assim na imensa maioria dos casos o ambiente metabólico continua melhor que no pré-operatório, e o paciente tem condição clínica mais equilibrada.

A cirurgia per se, as consultas e os exames relacionados ao pré- e pós-operatório têm custo moderado-elevado.

Ainda que pequeno, há risco de complicações, que quando ocorrem também podem elevar o custo do tratamento para o sistema público ou suplementar.

Todos esses processos podem ocasionar novas internações e cirurgias, elevando os custos.

Conclusão

Após a discussão do exposto acima, a cirurgia bariátrica como parte do tratamento da obesidade apresenta excelente custo x benefício em relação ao não tratamento da obesidade, e representa economia para a sociedade.

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